segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

DESILUSÃO DE UM IDOSO

Percebe-se nele, o medo da solidão
Com seus olhos parados
sem brilho e sem animação
às vezes um tanto marejados

Só tem em mente
um antepassado de glória
Sua vida tem história
Sonhou com uma família feliz
hoje não consegue ver essa vitória

Só sobrevive porque respira
o ar entra e sai dos pulmões
Seu coração teima em bater
em lentas pulsações

Nesse olhar parado
há muita solidão
de um idoso triste
Que já vive sem ilusão.

6 comentários:

  1. Nossa, Que lindo. Eu acho q sei até qual foi sua fonte inspiradora. Amei mesmo tia de verdade. Bjoooooo

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  2. Lindíssimo!!! A velhice me parece algo tão triste. Mas acho isso especificamente aqui, no Brasil. Digo isso porque aqui os anciãos não são respeitados. Volta e meia assisto cenas terríveis de motoristas de ônibus que não param no sinal quando um idoso faz sinal, ou quando até param, mas arrancam o carro com pressa, antes que o idoso consiga entrar direito. Há também aqueles que não cedem o lugar que são especialmente para eles. Se não cedem o assento preferencial, que dirá uma cadeira comum. Estou me referindo aos assentos comuns, pois eu cedo a cadeira a um idoso idependente de qual cadeira for. Enfim... É uma tristeza... Em alguns países o idoso é tratado com muito, mas muito mais respeito.

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  3. Oi Reh...
    Esse talento é de família... Só hoje percebi o sobrenome igual, que legal!!
    Passei pelo teu blog e gostei muito estou te seguindo...
    Beijos Néia

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  4. Verdadeiramente triste!

    Seu poema é a expressão da autêntica situação de muitos idosos de nosso país. Eles que tanto trabalharam, que tangto contribuiram pra soiedade, que tanto viveram, são colocados à margem, são descartados. E isso é muito triste mesmo!

    Parabéns por estas linhas tão verdadeiras!

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